Autoria: Arq. Virginia Rodrigues
Há algumas décadas a acessibilidade e a inclusão de pessoas com dificuldades físicas, motoras e intelectuais era muito pouco valorizada e considerada na construção civil, tornando a vida dessa parcela da população mais desafiadora e limitada.
De acordo com as projeções do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a população com
deficiências físicas aliada aos indivíduos com mais de 60 anos deve continuar a
crescer nas próximas décadas de forma acelerada.
Nos últimos anos, houve avanços
significativos na conscientização sobre a importância da acessibilidade e na
implementação de políticas públicas e tecnologias para tornar os ambientes mais
inclusivos e acessíveis a todos.
Para a arquitetura, a utilização
dos conceitos de desenho universal unida à automação para acessibilidade na
construção civil, passou a ser uma importante ferramenta para promover a
inclusão social e a autonomia das pessoas com mobilidade reduzida.
A automação permite que a pessoa
possa controlar diversos aspectos do ambiente com maior facilidade e
independência (sistemas de iluminação e ventilação, fechaduras eletrônicas,
plataformas de acesso, entre outros), contribuindo para a sua inclusão e para a valorização da diversidade.
Além disso, esta é uma importante
oportunidade de negócios para as empresas que atuam na construção civil, uma
vez que há uma crescente demanda por produtos e serviços para este público.
No entanto, a Automação Residencial não pode ser vista como solução isolada para a acessibilidade, mas
sim como uma ferramenta complementar a outras medidas, devendo ser pensada de forma integrada e inclusiva, levando em
consideração as necessidades específicas de cada pessoas e promovendo a
acessibilidade de forma ampla e efetiva.
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A autora deste artigo, Arq. Virginia Rodrigues, palestrou sobre este tema na edição do Painel Lar Inteligente, em março de 2023
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