O desenvolvimento tecnológico aliado a plantas atuais busca oferecer segurança e praticidade aos ocupantes, agregando diferenciais de valor aos imóveis
A evolução das tecnologias vem ocorrendo de forma acelerada no mercado imobiliário e, dentro dessa realidade, a expansão da automação em empreendimentos residenciais e corporativos é inevitável. Em função desse desenvolvimento constante, na concepção tanto de unidades quanto de áreas comuns, é necessário prever ao máximo as inovações que podem surgir nos próximos anos, permitindo, assim, que o comprador de um imóvel o atualize sem grandes barreiras.
Depois
dos sistemas centralizados, surgiram os sistemas ponto a ponto, em que cada
equipamento pode se
conectar a outros itens de automação existentes no imóvel, sem a necessidade de
uma rede centralizada, o que barateou
os custos e trouxe soluções cada vez mais elegantes em termos de design e
funcionalidades.
Dentro
da unidade autônoma, hoje, existem os equipamentos que “conversam” por Wi-Fi,
uma rede plenamente presente no dia a dia das pessoas. Além disso, os assistentes de voz
chegaram para facilitar a rotina dos ocupantes do edifício, programando o fechamento de
persianas em caso de mudanças no tempo; acendimento de luzes dos ambientes em
horários programados ou pela aproximação de seu morador; ligar e desligar o ar-condicionado
da casa programado pela presença
de alguém ou pelo horário, e tudo isso de qualquer local do mundo por
meio do celular, não sendo necessário um controle remoto caro ou sofisticado.
Nas
áreas comuns dos empreendimentos, seguiu-se a mesma lógica: primeiramente, em
empreendimentos de padrão mais elevado, devido ao custo dos equipamentos
centralizados, até os dias atuais, com equipamentos mais baratos e fáceis de
serem operados e programados, ajudando nos controles de segurança, na economia
de energia elétrica e de água etc.
Nelson Parisi Junior, presidente da Rede Imobiliária
Secovi-SP explica que esses não são itens rotineiros entregues pelas
incorporadoras, mas que isso deve acontecer em breve. “Ainda hoje, prevalecem
itens de lazer e segurança, mas a automação deverá ser a grande aliada da vida
moderna no futuro”.
A
automação possibilita uma operação mais simples e econômica. Por exemplo: não é
necessário criar manuais de procedimentos para que o zelador e/ou portaria
acenda ou apague luzes ou ligue e desligue bombas em determinados horários. Basta
isso estar programado no sistema de automação, que tudo acontecerá no horário desejado. “Isso significa redução dos custos de treinamento e de pessoal, além de melhor
uso da energia elétrica e otimização
nos tempos de manutenção dos diversos sistemas existentes nos empreendimentos”,
declara Nelson Parisi Junior.
Sistemas
de segurança integrados à automação também permitem que, de dentro de cada
unidade ou mesmo de outro local, os moradores possam acompanhar o que seus
filhos estão fazendo nas áreas de lazer, por exemplo.
Com
a chegada da Internet das Coisas (IoT) e da Tecnologia 5G, uma
série de controles e problemas atualmente existentes com relação a manutenções
serão resolvidos pelos sistemas. “O sistema pode avisar a empresa de
manutenção, por exemplo, que chegou o momento de proceder determinada
manutenção nos elevadores, ou mesmo comunicar problemas existentes”, comenta o dirigente do SECOVI-SP.
O mesmo pode acontecer com sistemas de portões, iluminação, bombas, aquecedores,
segurança, câmeras, entre outros.
Atualmente,
empreendimentos pequenos estão adotando portarias virtuais, a fim de baratear
custos de operação do condomínio. A automação vem participar desse novo sistema
como grande aliada, pois, com a redução de prestadores de serviços nos locais,
tornam-se importantes os procedimentos automatizados.
Nelson
Parisi Junior exemplifica os benefícios da automação que muitas vezes passam despercebidos no
ritmo cotidiano. “Fornecemos a chave de nosso imóvel para que a empregada
doméstica ou mesmo a diarista possa adentrar. Com isso, corremos risco de essa
chave ir para as mãos de gente errada ou mesmo, na troca dessa funcionária, termos
de trocar a fechadura ou segredo. Com uma fechadura digital e integrada na
automação da casa, podemos liberar uma chave virtual que só vai funcionar em
determinado horário e dia e, quando trocamos a funcionária, basta gerarmos
outra chave virtual, e tudo estará seguro”.
Atualmente,
as incorporadoras vêm buscando diferenciais para atrair seus consumidores e,
cada vez mais, com o barateamento dessas tecnologias modernas e descentralizadas,
têm surgido empreendimentos com agregados de automação tanto nas áreas comuns
como nas unidades autônomas.
No
passado, devido ao custo dos equipamentos e da necessidade de mão de obra muito
especializada, tornava-se bastante caro e viável apenas em empreendimentos de alto luxo. Hoje, já é
possível, mesmo em empreendimentos de médio padrão serem incluidos e
entregues pelas incorporadoras itens básicos, tais como: painéis para controle
de iluminação, fechaduras etc.
Para
Nelson Parisi Junior, “a automação deve permitir que seu usuário poupe tempo
com as tarefas básicas de uma casa, e com isso sobre mais tempo para suas atividades
profissionais, junto de sua família e no lazer”.
Case
de sucesso: empreendimentos residenciais – Linha Practical Life
Além
de atuar no SECOVI-SP, Nelson Parisi Junior também é sócio-fundador da Practical
Soluções Imobiliárias,
onde desenvolveu a Linha Practical Life de empreendimentos residenciais com
automação.
Atuando
na comercialização e desenvolvimentos de produtos imobiliários residenciais
desde a década de 1980, a
empresa buscou, em um primeiro momento, acrescentar aos empreendimentos
soluções para facilitar o dia a dia de seus moradores, como por exemplo:
lavanderia coletiva, central de congelados, PABX, central de web, serviços de
arrumação e limpeza, entre outros.
Com a evolução das tecnologias, a empresa passou a incorporar itens de automação nas unidades autônomas, para agregar uma infraestrutura centralizada e permitir ao cliente, instalar e atualizar seus itens favoritos de automação, tais como: iluminação, cortinas, home theaters, ar-condicionado etc. em um único local de controle.
Nos anos 1990, a linha de Produtos Practical Life buscou parceria com a IBM para instalar infraestrutura centralizada para automação de unidades – sistema Home Net Center, que era composto por um servidor no empreendimento, responsável por fornecer, por meio de cabeamento, Internet em todas as unidades, sendo que dentro das unidades existia uma caixa de automação que permitia ao seu morador controlar iluminação e mais alguns itens básicos com controle remoto.
“A
contratação desses sistemas se deu no início da obra do empreendimento, e, quando, da entrega do mesmo,
algo como 24 meses após já era coisa do passado”, relembra o empresário.
Ele
conta ainda que a linha Practical Life se iniciou na busca de solucionar as
necessidades básicas de moradores residenciais. “No final dos anos 1980, tínhamos
empreendimentos residenciais e os flats – sistema de hospedagem de curta
permanência. Observamos naquele tempo que diversos clientes já vinham comprando
flats para terem vidas mais práticas e assim não se preocuparem com
problemas domésticos – empregada, lavagem das roupas etc.”
Por
conta disso, nesse momento, a empresa resolveu criar um empreendimento com
esses sistemas de praticidades – recepção, em vez de portaria; central de
congelados; lavanderia no local; serviços de arrumação e limpeza das unidades;
central de PABX, visto que os custos de linhas telefônicas eram caros. “Tudo
isso muito mais em conta do que morar em um flat, onde seus vizinhos
eram desconhecidos e havia grande impessoalidade”, afirma.
Assim
sendo, no início, foram desenvolvidos os empreendimentos Practical Life com um
e dois dormitórios, que permitiam junções de suas unidades. Esses
empreendimentos não tinham praticamente nada de automação, mas apenas serviços
para seus moradores.
Após
alguns anos, com a evolução da automação, foram lançados os primeiros empreendimentos
de três dormitórios – já sem a preocupação com os serviços, mas com maior foco na
automação residencial – facilidades e controles.
Esses
empreendimentos, desde o início dos anos 2000, são construídos pela Construtora
Bracco, empresa com mais de 50 anos de mercado, que busca excelência e
qualidade nos produtos que constrói. “Nesses anos, pesquisamos e desenvolvemos
os empreendimentos com diversos sistemas centralizados e, mais recentemente,
descentralizados, tanto nas áreas privativas como nas áreas comuns”, declara
Nelson Parisi Junior.
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