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A Revolução Silenciosa

Por Adriana Pestana Greenhalgh, Arquiteta especialista em Domótica e Edifícios Inteligentes.

Dentre tantas revoluções como não nos render a que talvez seja a maior delas??? Aliás, já nos rendemos há muito tempo e nem nos demos conta do quanto isso transformou e continuará transformando as nossas vidas... 

Falo de algo que vivemos todos os dias, em praticamente todas as coisas , algo que nos distrai ,que nos aproxima e que nos afasta das pessoas, algo que nos facilita a vida e às vezes nos complica por não sabermos como usar, algo que salva vidas ....inevitável e sem volta, falo da Tecnologia mais precisamente daquela voltada a automação de processos relativamente simples, no meu entendimento, como a automação residencial ou Domótica , termo que vem da robótica, que significa controle automatizado de algo, do francês Domotique, da junção Domus "casa" com Imotique "automático". 

Mas o que seria isso exatamente e para que serve? A automação residencial ou Domótica é a automatização e o controle aplicados à residência. Esta automatização e controle se realizam mediante o uso de equipamentos que dispõem de capacidade para se comunicar interativamente entre eles e com capacidade de seguir as instruções de um programa previamente estabelecido pelo usuário da residência e com possibilidades de alterações conforme seus interesses. 

Em consequência, a domótica permite maior qualidade de vida, reduz o trabalho doméstico, aumenta o bem-estar e a segurança, racionaliza o consumo de energia e, além disso, sua evolução permite oferecer continuamente novas aplicações. E de onde veio? Tudo começa na década de 1970, quando surgiram nos Estados Unidos os primeiros módulos “inteligentes”. Tratavam-se de soluções simples, praticamente não integradas e que resolviam situações pontuais, como ligar remotamente algum equipamento ou luzes. Com o surgimento dos computadores pessoais, do desenvolvimento da telefonia móvel e internet, tudo foi ficando mais fácil e começa haver uma demanda na área residencia

O mundo começa a viver nas chamadas “casas inteligentes” e tem evoluído muito nos últimos anos. Até porque a crescente popularização de diversas tecnologias, seja pelo aspecto educativo do consumidor, seja pelos preços decrescentes, contribuem para que as pessoas comecem a sentir realmente os benefícios do uso da tecnologia dentro de suas residências. 

Pesquisas recentes feitas nos Estados Unidos e Europa já mostram essa realidade. Segundo a Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial, alguns dados importantes comprovam isso: 84% dos construtores entendem que incorporar tecnologia às residências que constroem é um importante diferencial mercadológico; 

• Existe a constatação de que os consumidores na faixa etária que estão entrando no mercado, adquirindo seu primeiro imóvel, já convivem com naturalidade com a tecnologia e, portanto, estão sendo exigentes com relação ao seu uso nas residências que lhes são oferecidas; 

• Sistemas automatizados que contenham apelo pela sustentabilidade, economia de energia e preservação de recursos naturais estão sendo cada vez mais requisitados; 

• Entre as tecnologias emergentes que devem alcançar elevados patamares de crescimento nos próximos anos, estão o monitoramento a distância, o controle de iluminação e o home care

De acordo com a revista PC World, a previsão é de que o uso de sistemas de automação residencial triplique nos próximos dois anos. No Brasil se observa uma rápida absorção desta realidade, porém ainda com alguma falta de naturalidade mesmo sendo a tecnologia algo tão presente em nossas vidas.

De fato, acostumar-se ao controle de forma tão facilitada através de um celular, por exemplo, pode assustar de início mas brevemente se tornará tão normal como o uso do WhatsApp!

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A autora deste artigo, Arq. Adriana Pestana Greenhalgh foi palestrante na edição do Painel Lar Inteligente, em março de 2023



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